Se o seu caminhão, ônibus ou picape a diesel foi fabricado a partir de 2012, você certamente já notou um segundo bocal de abastecimento (geralmente com a tampa azul) ao lado do tanque principal. Ele não está ali por acaso!
Aquele bocal é a porta de entrada para o Arla 32, um fluido essencial para o meio ambiente e para o funcionamento do motor do seu veículo. No entanto, é muito comum surgirem dúvidas se ele é um aditivo ou um tipo de combustível.
Por isso, bora saber mais sobre o Arla 32: para que serve, sua importância para o desempenho do seu veículo, para o meio ambiente e para o seu bolso. Vem com a gente!
O que é Arla 32?
Arla 32 é um reagente químico usado em veículos a diesel para reduzir a emissão de gases poluentes. Seu uso se tornou obrigatório por lei no Brasil a partir da implementação da norma PROCONVE P7, em 2012, para a grande maioria dos veículos a diesel de médio e grande porte, como caminhões, ônibus, vans e picapes.
Por ser um líquido abastecido nos postos, muitas pessoas associam o Arla a combustível ou aditivo. Porém, é importante esclarecer que ele não é nem uma coisa, nem outra; por isso, nunca deve ser misturado ao diesel.
Isso porque a ureia presente nele, pode cristalizar e danificar permanentemente a bomba e os bicos injetores, e o diesel pode destruir o sensível sistema de tratamento de gases. Em ambos os casos, o resultado é um prejuízo altíssimo com reparos complexos e demorados.
Uma vez que o Arla 32 trabalha de forma independente, deve ser abastecido em um tanque separado, geralmente com uma tampa azul.
Arla 32: composição
Arla é a sigla para: “Agente Redutor Líquido Automotivo”, e o 32 vem de sua composição: uma solução com 32,5% de ureia de alta pureza e 67,5% de água desmineralizada.
Essa proporção não é aleatória; ela é o padrão internacional que garante que a reação química no sistema de escapamento ocorra na temperatura e na velocidade corretas. Qualquer variação nessa fórmula, ou o uso de uma ureia que não seja pura, pode comprometer a eficiência do processo e até mesmo danificar os componentes do sistema.
Para que serve o Arla 32?
Ele atua como um “filtro químico” que limpa a fumaça dos veículos a diesel depois que ela sai do motor, garantindo que ele opere com sua potência total e, ao mesmo tempo, proteja o meio ambiente.
Isso é necessário, pois a queima do diesel em motores de alta compressão gera óxidos de nitrogênio (NOx), um conjunto de gases invisíveis, mas altamente poluentes e nocivos, responsáveis por agravar chuvas ácidas e causar problemas respiratórios em centros urbanos.
O Arla 32 atua exatamente para combater esse problema. Ou seja, é uma tecnologia que protege a natureza e a saúde das pessoas.
Mas, qual é o segredo por trás do seu funcionamento?

Fonte: alexgolovinphotography/Freepik(2025)
A “mágica” por trás da ação do Arla 32 tem nome: Sistema de Redução Catalítica Seletiva, ou SCR (do inglês, Selective Catalytic Reduction). Este não é um componente do motor, mas sim um sistema de pós-tratamento de gases, localizado ao longo do escapamento do seu caminhão, picape ou ônibus a diesel.
Sua única missão é realizar um processo que pode ser resumido em 5 passos principais:
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Geração dos gases: primeiro, o motor queima o diesel para gerar a força que você precisa. Como subproduto dessa queima, ele libera os gases de escape, que contêm os óxidos de nitrogênio (NOx), que são altamente poluentes.
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Injeção do Arla 32: antes que esses gases cheguem ao silenciador, um sensor mede a quantidade de poluentes e o sistema injeta uma pequena e precisa quantidade de Arla 32 diretamente no fluxo de gases quentes do escapamento.
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Transformação em amônia: o calor intenso dos gases de escape (acima de 200 °C) quebra as moléculas da ureia presente no Arla 32, transformando-o quimicamente em amônia (NH₃).
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A reação no catalisador: a mistura de gases (contendo NOx) e amônia entra no catalisador SCR; dentro dele, a amônia reage seletivamente com os óxidos de nitrogênio (NOx).
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O resultado limpo: essa reação química transforma os poluentes (NOx) em duas substâncias completamente inofensivas e naturais: nitrogênio (N₂), o principal componente do ar que respiramos, e vapor de água (H₂O).
No final, o que sai pelo escapamento do seu veículo é um gás muito mais limpo. É a tecnologia trabalhando de forma invisível para um resultado visivelmente melhor para o meio ambiente!
E se faltar Arla no caminhão ou picape?
Ignorar o aviso de “nível baixo de Arla 32” no painel do seu veículo é uma péssima ideia. O sistema não está somente “sugerindo” um abastecimento; ele está alertando sobre consequências reais que afetam diretamente a performance do veículo e os custos da sua operação.
As implicações da falta de Arla 32 no veículo são sérias, e podem ser divididas em duas áreas principais:
1. Perda de potência
O sistema eletrônico do seu caminhão ou picape é programado de fábrica para detectar a ausência ou a baixa qualidade do Arla 32. Como uma medida para forçar o cumprimento da lei ambiental (PROCONVE P7) e garantir que o tratamento dos gases poluentes seja feito, a central eletrônica (ECU) tomará uma ação drástica assim que o tanque de Arla 32 se esvaziar.
O sistema reduzirá automaticamente a potência do motor em até 40%. Na prática, isso significa que seu veículo ficará muito mais fraco, com mais dificuldade para subir ladeiras, realizar ultrapassagens e carregar peso. Ou seja, o trabalho se torna lento, ineficiente e até perigoso, impactando diretamente sua produtividade e seus prazos.
2. Implicações legais e danos mecânicos
Além da perda do impacto no desempenho, as consequências financeiras também são expressivas:
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Rodar com o sistema de Arla 32 inoperante ou vazio é considerado uma infração ambiental grave, segundo a legislação. Em caso de fiscalização rodoviária, a irregularidade pode resultar em multas pesadas ou retenção do veículo até que a situação seja regularizada.
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Tentar “enganar o sistema” ou usar produtos de baixa qualidade (sem certificação do Inmetro) é ainda mais arriscado. Um Arla 32 fora da especificação, com impurezas ou na concentração errada, pode cristalizar dentro do sistema, podendo entupir a bomba e o injetor, além de danificar o catalisador SCR.
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A solução Ipiranga Empresas para o seu negócio
Diante das graves consequências de usar um produto inadequado ou de simplesmente não usar o Arla 32, fica claro que a escolha do reagente não pode ser baseada somente em preço, certo? Mas sim em qualidade e confiança — uma vez que produtos fora da especificação podem não apenas falhar em reduzir os poluentes, mas também danificar componentes caros do seu veículo.
Tão importante quanto a qualidade do produto é a confiabilidade de onde você o adquire. Por isso, Ipiranga Empresas se posiciona como o ponto de abastecimento seguro tanto para frotistas quanto para pessoas autônomas.
Ao escolher Arla 32 nos Postos Ipiranga, você não está apenas comprando um produto; você está garantindo a procedência e a qualidade necessárias para proteger o seu investimento.
Lembre-se: o sistema SCR é uma tecnologia sensível e de alto valor. A melhor forma de garantir sua longevidade e evitar paradas inesperadas é utilizando sempre um Arla 32 confiável!
Desempenho e responsabilidade ambiental andam juntos
A tecnologia Arla 32 veio para provar que, no transporte moderno, performance e sustentabilidade não são mais caminhos opostos.
Como vimos, o Arla 32 é um fluido obrigatório e essencial que cumpre uma dupla missão: protege o meio ambiente e garante a potência total do seu motor, evitando as perdas de desempenho impostas pelo sistema eletrônico do veículo na ausência do reagente.
É por isso que Ipiranga Empresas, além de oferecer apenas combustíveis de alta qualidade, oferece também um ecossistema completo de soluções, incluindo Arla 32 com qualidade certificada, que garante que seu veículo ou frota se mantenha em conformidade com a lei e operando sempre com máximo rendimento.
Não arrisque a potência do seu motor nem o futuro do meio ambiente. Procure pelo Arla 32 nos Postos Ipiranga e garanta a performance do seu veículo!
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Imagem de capa — Fonte: hiv_360/Freepik(2025)